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Danças Gaúchas de Salão

A dança Gaúcha é um dos estilos mais procurados pelos apaixonados à arte de dançar

Eduarda Wagner

Postura correta para as danças de salão.

O Rio Grande do Sul possui várias formas de expressão de sua cultura gaúcha. Um das mais referentes e conhecidas demonstrações desta cultura são as danças gaúchas tradicionais de salão, que são “bailadas” em jantares dançantes, shows do gênero gaúcho, bailes, encontros.  Estas danças vieram para o território através dos colonizadores, segundo dados do site do MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) também possuem grande influência de países vizinhos ao Rio Grande do Sul. Porém com a mistura das etnias as danças tomaram novas formas que se perpetuaram até os dias de hoje.

Para se dançar as danças gaúchas de salão dentro de um CTG (Centro de Tradições Gaúchas), a 1ª Prenda do Rio Grande do Sul Joelma Pauline explica que deve-se estar “pilchado”, ou seja vestido à caráter, prenda com vestido tradicional de prenda e peão com bombacha, camisa e bota. Do contrário muitas vezes acabam por expulsando os dançarinos da pista. Rui Rocha que já foi patrão do CTG Querência da Serra de Seberi diz que dançar sem estar devidamente trajado é proibido, pois o que o CTG prega o respeito a tradição e os costumes antigos e por isso é obrigatório o usa de tais roupas.

Estas danças não são dançadas apenas por diversão, pois há muitas competições onde são apresentadas como no ENART (Encontro de Artes e Tradições), onde os melhores competem por um título estadual de grande renome. Mauro Dalla Costa participou duas vezes no ENART nesta categoria onde se classificou para ir a final em Santa Cruz do Sul, mas não conseguiu nenhuma colocação entre os melhores, ele revela que deve ter sido pelo fato de nunca ter feito aulas de danças de salão.

Alguns dos ritmos mais conhecidos e dançados nos tradicionais fandangos (bailes gaúchos) são a vaneira, o xote, a rancheira, a valsa, a milonga, o chamamé e o bugio. As mais tocadas pelos grupos nos bailes são as vaneiras, seguida pelo xote. Segundo Rui “quando toca uma rancheira que é bem alegre lota o tablado, e um chamamé também faz encher a sala”, ele enfatiza estas duas pois são tocadas poucas vezes durante os bailes. Todas as danças de salão devem ser dançadas com os pares enlaçados Mauro dá uma breve explicação: “o par sempre deve dançar de frente a frente, o braço esquerdo do peão sustenta a mão da prenda  e a mão direita do peão deve ser colocado nas costas da prenda sem deixa-la presa, apenas segura”,  mas  tem a exceção do xote que o par pode desenlaçar.

Para quem se interessa em aprender estas danças, vários CTG’s da região realizam cursos como o CTG Rodeio da Querência de Frederico Westphalen e o CTG Querência da Serra de Seberi. No Rodeio da Querência o curso será na última semana de julho. Já em Seberi ainda não tem data definida. Nos cursos são ensinados os ritmos citados acima.

No ritmo do pagode

Com a chegada do verão, as festas apostam em novos estilos musicais.

Por: Francieli Fão

Com a chegada de dias mais quentes, muda-se a rotina de diversas formas, começando por acordar mais cedo. Muda-se também o estilo musical, vários frederiquenses apostam no pagode como diversidade para as festas. O blog Mochila Cultural acompanhou na última terça feira (11), uma festa de pagode e conta agora como foi.

Véspera de feriado, calor em Frederico Westphalen. O que fazer para se divertir? Que tal curtir um pub, ao som de um bom pagode? Foi isso que estimulou muitos jovens a saírem de casa para se divertir. Ao som da banda Pura Sedução, da cidade de Marau, muitos jovens dançaram e se divertiram no pub King Bull.

O pagode contagiou muita gente, como comenta Giane Aquino, 28 anos, bacharel em direito: “Com a chegada do verão, a galera quer animação e alegria e o pagode traz muito disso, acho que é um ritmo quente que contagia e transmite isso que além de instigar a dançar”.

Tem aqueles que arriscam uns passinhos, outros preferem só acompanhar a música cantando junto, cada um tem uma forma de curtir. Como afirma Aline Zanella, 23 anos, nutricionista: “Eu gosto de ouvir pagode, de dançar, pois é uma música animada e contagiante. Quando toca, os pés e o corpo já começam a se mexer sozinhos, ou seja, ninguém consegue ficar parado e por isso é uma ótima música para curtir com os amigos”.

Os garotos da Pura Sedução fizeram com que muita gente “tirasse o pé do chão”, animando e contagiando os jovens ali presentes, ao ponto de chamá-los ao palco. A galera não se intimidou e respondeu positivamente ao convite.

O pagode é um estilo musical, que reflete bem a cultura do povo brasileiro, animado e festeiro. É mais comum durante o resto do ano em cidades como Rio de Janeiro, por exemplo, mas os frederiquenses têm um carinho especial pelo ritmo e fazem questão de abrir espaço para o estilo no verão. O pagode anima e alegra muita gente, por isso faz parte da cultura brasileira e ganha cada vez mais espaço entre os turistas que por aqui passam, assim como o samba.

Público feminino marcou presença no pagode do King Bull

Frederico em dança

Frederico é palco da Segunda Conferencia do Frederico em Dança

Por: Francieli Fão

Neste fim de semana, Frederico Westphalen é palco da Segunda Conferência do Frederico em Dança. Um grande evento de dança que envolve três mil reais em premiação, workshops além de batalhas de dança entre competidores. O evento ocorre no auditório da Escola Estadual de Ensino Fundamental Cardeal Roncalli, realizado pelo Studio de danças Rodolfo Peron e é apoiado pela Prefeitura Municipal da cidade. O blog Mochila Cultural esteve presente no festival e te conta como foi a competição.

O festival teve início com quase uma hora e meia de atraso, devido a chuva que caiu sobre a cidade. A abertura contou com a Secretária da Educação Sirlei Rossoni, representando o Prefeito Municipal, e o vereador Lauro Chiele representando o poder legislativo, além da apresentação dos jurados que vieram de outros estados como SC e SP, além de um representante do RS. Os jurados fizeram questão de mostrar que entendem mesmo de dança, sendo os primeiros a se apresentar, dançando no palco e animando o público que prestigiou o evento.

Sobre as apresentações:

A secretária de vendas, Suzane Rodrigues, 20 anos, comenta sobre a importância de o evento ser realizado na cidade: “Gostei muito de saber que o evento iria se realizar aqui na cidade, o que trouxe benefícios para o comércio e o turismo de nossa cidade, e com certeza, eu quis prestigiar pessoalmente, pois sabia da cultura que ali estaria sendo compartilhada com a comunidade. Como telespectadora, gostei muito das apresentações, os bailarinos são muito talentosos”.

O bailarino e coreógrafo do grupo Ponto de Cultura Nossa Arte, da cidade de Itajaí SC, contou um pouco sobre a importância de participar do evento: “É muito importante pra gente estar participando do evento, fora da nossa cidade conhecendo o cenário da dança não só de Itajaí, mas mais amplo, estar aprendendo nos workshops, estar evoluindo na dança e podendo mostrar o nosso trabalho que é o principal foco, se divertir e mostrar nosso trabalho”.

Sobre o evento:

O Jurado Danilo Borogue da cidade de São Paulo, fala sobre a importância do evento que se inicia pequeno: “Eu visito por ano mais de 150 festivais, a gente conhece festivais que estão começando, por exemplo, o Celeiro Lafaiete, em Minas Gerais. No primeiro que eu estive lá em 2004, era um dia de festival, e hoje, o festival acontece por cinco dias, com várias oficinas desde as danças urbanas, danças folclóricas, balé clássico, enfim, eles começaram de baixo. E aqui em Frederico, eu acredito que pode ser assim também. E o festival acaba virando uma cultura pra cidade. Todo mundo participa no festival do Celeiro, acho que tem 25.000 habitantes, e hoje é uma potência, virou um ponto cultural de Minas Gerais, aqui pode ser igual, já é a segunda vez q eu venho para a cidade. Eu vim no começo do ano, e com uma ideia do Rodolfo, todos só tem a ganhar com isso, a cidade ganha mais principalmente, porque é cultura que está vindo pra cá, uma cultura não tão acessível, então por isso é muito bom”.

As categorias que concorreram no festival foram: Categoria solo, dança de rua, dança contemporânea, grupo duo e trio. Frederico manteve o maior numero de apresentações, sendo representada por quatro apresentações do grupo Street Boys Of Dancing, que trabalha a mais de dez anos com dança, e quatro apresentações do grupo Pety Balé. A cidade de Santa Rosa teve apenas um representante. A cidade de Itajaí concorreu com duas apresentações do grupo Ponto de Cultura Nossa Arte. Assim como a cidade de São Lourenço do oeste também concorreu com duas apresentações.

Foto: Keli Monaliza Rademann

Os frederiquenses do Street Boys Of Dancing receberam três prêmios na competição

Sobre os critérios de avaliação, o jurado Eliseo Lemos da cidade de Joinvile SC, fala como as apresentações foram avaliadas: “Um dos critérios foi à composição das coreografias como num todo. Teve algumas composições coreográficas que não tiveram composição na verdade, ficaram muito limitadas, desde entradas e saídas de palco, até dinâmicas espaciais da coreografia e tudo mais. E também a técnica e desenvolvimento da dança que eles têm aqui na região, pelo menos foi o que eu vi. A gente não viu muito da dança em si, a gente viu muito técnica e movimento ensaiados da dança mesmo. Que é realmente a dança, movimentos ensaiados, a gente achou os grupos muito limitados desde o vocabulário dos movimentos em si. Mas foi legal, gostei bastante, nos comentários nós deixamos muitas críticas construtivas, que eles possam melhorar que eles possam crescer e evoluir, trabalho que eles já estão fazendo aqui. Espero que nos próximos anos, na próxima vez que eu estiver aqui, eles possam estar mais evoluídos e terem estudado mais e melhorado”.

Premiação:

Os frederiquenses do Pety Balé levaram cinco prêmios. Entre eles o de primeiro lugar do solo, o segundo lugar do duo, grupo jr. de dança contemporânea, melhor bailarino e melhor grupo. Também frederiquenses, o Street Boys Of Dancing receberam três prêmios, o terceiro lugar do duo, trio e o de grupo avançado de dança de rua. Os catarinenses do Ponto de Cultura Nossa Arte, ganharam três prêmios. Entre eles o de grupo jr. o de dança de rua, e melhor coreografia. O prêmio de revelação foi entregue ao bailarino Pedro da cidade de Santa Rosa. O prêmio de bailarina revelação foi entregue a Jéssica da cidade de Itajaí. O prêmio de melhor bailarina foi entregue a Laura da cidade de São Lourenço do Oeste.

Programação para o domingo:

A programação para o domingo inicia ás 10 horas da manhã com um fórum.

À tarde, a programação segue com oficinas de dança (house dance, dança urbana), ministradas pelos jurados do evento Danilo Borogue / SP, Eliseo Lemos / Joinvile SC e Nicolas Xavier/ Santa Maria RS.

Rapper frederiquense leva mensagem em suas composições

Idênio fala sobre drogas e problemas sociais em suas letras

Por: Andreia Maidana

Idênio Portes da Silva, 27 anos, é rapper e compositor frederiquense, mora no bairro Jardim Primavera e é aqui que se inspira para escrever suas letras. Dentro de suas composições, Idênio aborda a luta contra o crack, e também refere-se sempre aos problemas sociais, representando em suas letras a comunidade carente.

A identificação com o rap, segundo Idênio, vem desde criança. Ele conta que na escola não gostava da aula de matemática, mas, em português adorava fazer uma redação, principalmente textos rimados, forma de escrever composições de rap, já que são rimas cantadas. Por viver em uma comunidade carente, acredita que isso o influenciou, fez com que quisesse dar voz aos que não a tem, através da música.

Idênio procura fugir de estereótipos que rapper cantam somente apologias ao estado, procura fazer letras leves.Com este estilo faz com que todas as classes sociais entendam o que ele quer dizer, ou seja, não procura achar culpados pelos problemas sociais, e sim, levar o conhecimento dessas causas a toda população.

O rapper está há 1 ano e 6 meses profissionalmente tentando ser reconhecido por sua música. Vem produzindo vídeos com o apoio da prefeitura municipal de Frederico Westphalen, postados no canal do youtube, contando em ser reconhecido no mercado do rap. Idênio ressalta que “Se eu mudasse para qualquer lugar o rap estaria comigo, a música faz com que eu interaja com minha comunidade, ver minhas letras serem reconhecidas é incluir a comunidade na sociedade, é levar a cultura do rap pra quem conhece e desconhece o ritmo”.

O cantor e compositor tem com inspiração no rap o rapper brasileiro MV Bill e internacionalmente é influenciado pelo rapper Eminem. Idênio diz que existe bastante preconceito sobre o rap, mas ele está nessa, justamente para quebrar todos os preconceitos, e em suas composições ele deseja defender e incentivar a cultura da sua comunidade humilde.

Para conhecer o trabalho de Idênio ele estará nessa quinta-feira, 29, as 20:00 horas em uma entrevista na rádio Comunitária no programa Espaço CUFA. No sábado estará a partir das 15:00 horas, na rua dos arcos, cantando seu rap, no circuito de skate, fazendo a trilha do evento com suas composições, levando a cultura do rapper à todos que passarem pelo evento.

 

Dança, a expressão da alma

A dança pode servir como uma forma de expressão de sentimentos

Por: Caroline Arossi

O nosso país tem uma grande dimensão territorial e uma significativa diversidade cultural devido a sua formação étnica, composta por descendentes de portugueses, italianos, alemães, holandeses, espanhóis, africanos entre outros, que, em conjunto com os indígenas, formaram a base cultural do nosso país.

A base cultural do nosso país pode ser identificada através do sotaque, hábitos cultivados, uso de acessórios e indumentários, que se caracterizam por produtos regionais especificando cada povo.

Uma  das expressões culturais que é atualmente muito forte em nosso país, vista como forma de expressar sentimentos, atos, gestos, e está espalhada por todos os povos é a dança. Surgiu ainda na época da pré-história, quando os homens batiam os pés no chão e com o tempo, foram descobrindo os sons diferentes que podiam fazer através das mãos. Já a dança em grupos, surgiu através de grupos religiosos, onde pessoas pediam aos deuses a chuva ou sol.

Nas festividades gaúchas no sul do país, como eventos de rodeios e nos pampas, é costume dos tradicionalistas dançarem é valsa, mi longa, chotes, vanera e o bugiu, sendo esses ritmos de danças que nasceram no exterior e se espalharam por todo o nosso país de norte a sul.Em Santa Catarinauma festividade muito forte é a festa germânica alemã, a Oktoberfest. O ritmo da música que os tradicionalistas catarinenses costumam dançar é uma mistura dos ritmos e passos que existem dentro dos ritmos gaúchos anteriormente citados.

Grupo de dança tradicionalista gaúcha, dançando ao ritmo da Mi longa

Segundo Dionathan Corrêa, professor do Grupo de Danças Etnicas, todos os ritmos de dança tem uma ligação, pois nenhum deles surgiu de um único povo, mas sim de uma mistura entre povos, foram então se diversificando de tal forma que cada qual criou e inventou um novo ritmo e novos passos. Dionathan destaca também que os dois estados que tem maior relação no ritmo da dança são o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tamanha tradição tem os chotes e vaneras, que nos famosos “bailes” que são dançados da mesma forma e ritmo de ambos os estados. A dança típica alemã dançada na festa tradicionalista de Santa Catarina também é cultivada e dançada por grupos de danças existentes pelo estado gaúcho.

Atualmente, os ritmos de dança além de ser uma forma de demonstrar e cultivar a cultura e tradição, expressar sentimentos e movimentos do corpo, também são vistos como uma forma de sensualidade, fazendo com que a dança seja divulgada e aceita por todo o mundo. Uma prova disso é o funk, samba, maracatu vindo da origem de africanos, indígenas e europeus, hoje conhecidos por todo país.

Grupo de dança tradicionalista dançando ao ritmo da dança típica alemã, com influência de passos gaúchos

Hoje os ritmos de dança além de ser uma forma de demonstrar e cultivar a cultura e tradição, expressar sentimentos e movimentos do corpo, também são vistos como uma forma de sensualidade, fazendo com que a dança seja divulgada e aceita por todo o mundo. Uma prova disso é o funk, samba, maracatu vindo da origem de africanos, indígenas e europeus, hoje conhecidos por todo país.

Exaltando a tradição gaúcha

Oswaldir e Carlos Magrão exaltam em suas canções a cultura do Rio Grande do Sul

Por: Andreia Maidana

Nesta última quinta-feira, 15 de setembro, Frederico Westphalen recebeu um show tradicionalista com a dupla Oswaldir e Carlos Magrão, na rua Mauricío Cardoso, no centro de Frederico westphalen, o show foi ao ar livre. O evento iniciou as 22:00 horas e teve duração de duas horas, onde os cidadãos frederiquenses puderam exaltar em canções, suas tradições.

O evento começou com a apresentação do grupo Lanceiros do Barril, que apresentaram a dança da chula e a dança dos facões, danças típicas do Rio Grande do Sul. Logo, subiram ao palco a dupla mais esperada pelo público, oswaldir e Carlos Magrão dão início ao seu espetáculo com a música “Eu sou do Sul”.

O show da dupla foi prestigiado pelo público infantil, adulto e idoso, fazendo muito sucesso entre todas as gerações. Carlos Magrão diz que: “é um orgulho levar a nossa cultura para todo o Brasil”, segundo ele a dupla faz show não somente no país, mas também em toda América do sul, oswaldir e Carlos Magrão levam para milhares de pessoas a expressão Cultural do Rio Grande do Sul. Suas músicas falam do estado e dos costumes gaúchos.

Oswaldir e Carlos Magrão.

Oswadir na metade do show citou uma fala do jornalista Arnaldo Jabor: “o único estado que canta seu hino desde crianças, jovens e idosos é o estado do Rio Grande do Sul”, e ressaltou que os gaúchos são um povo que mantém com muito orgulho sua tradição. A apresentação da dupla deu um show de gaita, que é um dos instrumentos mais utilizados pela música tradicionalista, para embalar o ritmo dos gaúchos.

O público presente participou de todo o show interagindo com a dupla, cantando com muita emoção todas as letras ,além de canções a dupla chamou a platéia para cantar o hino rio-grandense.Para Tailana Almeida que estava presente entre o público o canto do hino foi a parte mais emocionante do show, onde todos presentes cantam com o coração o hino do estado,honrando a cultura local.

Carlos Magrão ressalta que: “desde criança sempre cultivo os costumes gaúchos e isso foi passado de meus antepassados, o chimarão e o churrasco fazem parte de minha vida, além claro, da música tradicionalista”. A dupla Oswaldir e Carlos Magrão estão há 25 anos Levando a música gaúcha para o Brasil e outros países.

Segundo a Brigada Militar o Público presente no show em Frederico Westphalen foi de 2000 pessoas. Além de Frederico a dupla tem show nesta semana em Tenente Portela, Guaporé e Bom Princípio. A Semana Farroupilha faz com que a maioria das famílias desde os pequenos até os mais velhos saem pilchados de gaúchos pelas ruas, orgulhando –se de ser Gaúcho, é só sair nas ruas frederiquenses para ver a quantidade de gaúchos apaixonados pela cultura do Rio Grande do sul.


Cultura alemã presente nos corações e mentes Frederiquenses em pleno mês de setembro

6ª Barril Fest sinônimo de integração, diversão e alegria

Por: Di Anna Lourenço

Muita música, alegria e cores tomam conta da praça do centro comercial de Frederico Westphalen, neste dia 10 de setembro, pois acontece a 6ª Barril Fest organizada pelo “Centro Cultural 25 de Julho”.

Neste mês, impregnado pelo patriotismo e pelas comemorações da Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul, a 6ª Barril Fest faz lembrar que este estado é constituído por um povo descendente de diversos outros países. E, Frederico, especificamente, o é, principalmente, por descendentes de Italianos, Alemães e Poloneses. Esta festa é parte das comemorações do vigésimo aniversário do Centro Cultural.

O evento, já tradicional na cidade, realizado neste sábado, iniciou-se no calçadão da Praça Dom Bruno Maldaner. Muitos participantes estavam temerosos, pois a cerração intensa cobria tudo com um tom cinza, até por volta do meio-dia. Quem por lá passava ficava com os cabelos orvalhados. Mas, o ânimo de todos foi mudando à medida que o dia foi ganhando cor, devido ao calor que vencia o frio, e com os raios de sol, impondo sua presença. A partir das 4 horas da tarde, ao som de músicas típicas alemãs, a festa e alegria contagiava os integrantes dos grupos de dança. O movimento dos dançarinos, o colorido das roupas e a animação nas disputas entre os participantes da gincana atraíam atenção das pessoas que estavam no comércio fazendo compras.

O blog Mochila Cultural conversou com a Coordenadora dos grupos de dança e Diretora cultural do “Centro 25 de Julho” Veleda Gresslir Baptista, 79 anos. Sempre alegre e brincalhona, tratando as dançarinas com muita amizade, não apresenta ter a idade que orgulhosamente faz questão de revelar. Descendente de alemães, diz que após ter mudado de Santa Cruz do Sul, sua cidade natal, para Frederico Westphalen, principalmente, pela participação no Centro Cultural, é que passou a dar maior importância às tradições. Veleda nos informa que a Barril Fest, acontece de 2 em 2 anos. “É uma forma de integração com grupos de dança de outros municípios”, afirmou-nos.  Nesta 6ª edição contam com a participação de 11 grupos, acrescentou. E, adiantou que para este fim de ano, “o grupo irá participar da festa natalina, com a Noitada alemã, com lanternas e danças típicas. E, a convite do prefeito Panosso participaremos do desfile do Natal Frederico em Luz”, acrescenta.

Entre os que observam as apresentações, pode se ouvir comentários e olhares de encantamento com as cores vivas dos vestidos, o capricho das maquiagens discretas, os detalhes dos enfeites nos cabelos feitos com flores, as roupas diferentes dos rapazes e o ritmo das músicas. Mas, para aqueles, que todo ano acompanham o evento, essa apresentação na praça é um convite irresistível a participar do Jantar dançante, que é como termina as confraternizações do grupo.

Danças e gincana promovidas pelo Centro Cultural 25 de Julho são atrações na Praça Dom Bruno Madaner em FW -RS.
Os grupos são formados em sua maioria por mulheres, principalmente, os grupos infantis.
Encontro e integração de gerações na 6ª Barril Fest 2011 em Frederico Westphalen – RS

Na foto, da esquerda para a direita, vemos Amanda Bender, 13, que dança há 9 anos e é de descendência alemã; a Coordenadora dos Grupos de Dança do Centro Cultural 25 de Julho, Veleda Gresslir Baptista, 79, também descendente de alemães; as meninas à direita, são Marília Menegusso e Eduarda Reis Bertolatte, ambas descendentes de italianos, tem 14 anos e participam há, aproximadamente,  um ano do grupo de dança. De acordo com as adolescentes os ritmos de ensaios são tranquilos, pois ocorrem uma vez por semana.